Um tigre de 8 anos, foi o primeiro a ter o recinto adaptado com um sistema de reúso de toda a água que utiliza, seja para banho ou consumo. A novidade utiliza uma bomba submersa que capta a água dos poços artesianos e leva até um sistema de filtragem para ser tratada e reusada no mesmo ambiente. Em tempos de crise hídrica em Brasília, a medida, que até o fim do ano estará em pelo menos oito ambientes da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, economiza o recurso e garante mais qualidade de vida aos animais.

Agora, com o sistema de filtragem, a expectativa é que esse processo seja necessário apenas de seis em seis meses. A economia vai ser grande. Antes, eram usados cerca de 290 mil litros por mês para renovar os tanques usados pelo tigre. Antes disso, os recintos eram abastecidos com água parada, que precisava ser trocada, em alguns casos, de três a quatro vezes por mês, como no caso de Dande.

O sistema capta água dos poços artesianos que abastecem o zoo. Esse líquido, então, passa por um filtro mecânico, equipado com uma espécie de peneira; depois por um filtro bacteriológico, onde são digeridas matérias orgânicas; e por uma câmara com luzes ultravioletas, que destroem impurezas, como algas e bactérias. Depois que não for mais possível reutilizar a mesma água, ela será destinada à manutenção dos jardins do zoológico, para que não haja perda do recurso.

Os próximos animais a receberem a novidade serão as onças. Elas são um dos poucos felinos com grande habilidade para nadar e pescar e por isso utilizam mais água. Foram investidos R$ 95 mil na iniciativa. O material licitado será suficiente para a instalação de 12 sistemas independentes.

com informações da Agência Brasília